"Vamos ouvir mais pessoas no âmbito deste processo", diz Carlos Magno

O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) disse hoje que vai continuar a ouvir mais pessoas envolvidas no caso do visionamento das imagens não editadas da RTP sobre os incidentes de 14 de novembro pela PSP.
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"Vamos ouvir mais pessoas no âmbito deste processo", disse Carlos Magno, no final do dia, após as audições do ex-diretor de Informação da RTP Nuno Santos, do diretor-geral de Conteúdos, Luís Marinho, e do Conselho de Redação.

"Queremos ouvir uma jornalista envolvida nos incidentes, um diretor do gabinete de arquivo e eventualmente um subdiretor", adiantou o presidente do regulador.

Estas audições decorrem do inquérito instaurado pela ERC no caso do visionamento de imagens não editadas dos incidentes da manifestação de 14 de novembro pela PSP na sede da RTP.

Este caso levou a que Nuno Santos apresentasse a demissão do cargo de diretor de Informação, a que se seguiu um inquérito interno que concluiu que aquele teria dado a autorização para o visionamento.

Nuno Santos rejeitou a conclusão do inquérito e no parlamento, há dois dias, afirmou ter sido vítima de "saneamento político".

Hoje, o ex-diretor de Informação anunciou que foi suspenso preventivamente e que vai ser alvo de um procedimento disciplinar com vista ao despedimento.

O inquérito aberto pela ERC visa identificar os procedimentos de gestão de imagens e de sons obtidos para fins jornalísticos, e não emitidos, e definir a conduta que um órgão de comunicação deve adotar quando solicitada a cedência dessas fontes documentais por terceiros, designadamente por autoridades policiais, e analisar a alegada conduta da RTP no caso das imagens não emitidas da manifestação de 14 de novembro.

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